Página da Quarentena da TV

Quarentena por uma televisão mais sã



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Última actualização: 01-7-2001


  
A "Quarentena por uma televisão mais sã" terminou no dia 30 de Junho, como combinado. Os promotores da Quarentena agradecem o apoio de todos os que participaram, das mais diversas formas, nesta iniciativa. Como o telelixo, infelizmente, não terminou com o mês de Junho, informam ainda que este site irá manter-se activo, na medida da disponibilidade dos promotores, como um "forum" sobre a televisão portuguesa, um "observatório" do telelixo e um denunciante dos patrocinadores desse mesmo telelixo (cujos produtos continuam a ser objecto de um permanente boicote). Todos os comentários e sugestões para manter vivo este espaço continuam assim a ser muito bem-vindos.




Pode continuar a enviar o seu protesto directamente para a SIC e para a TVI, a partir deste formulário automático.

Pode ainda boicotar os anunciantes e não ver o telelixo da SIC e TVI enquanto durar o seu protesto.

Participe no fórum (novo serviço, o anterior estava problemático), assine e leia o livro de visitas e recomende esta página aos seus conhecidos: http://quarentenatv.tripod.com


Veja também a lista de adesões e apoiantes até ao momento bem como o texto da proposta inicial da Quarentena.

Novidades

NOVO:
Julho de 2001
A Quarentena à SIC e TVI chegou ao fim. Veja as Propostas da "Quarentena" para a "autoregulação" (texto enviado às estações de televisão em 30 de Junho de 2001)


Quarta, 27/6/2001
Texto de Joaquim Costa (promotor da Quarentena), no "O Diabo" de 26/6/2001






Propostas para a autoregulação
Os promotores da "Quarentena por uma Televisão mais sã"
( http://quarentenatv.tripod.com ):

Considerando, com Maria de Lourdes Pintasilgo (cfr. Visão, de 04/10/2000), que os reality shows violam um «princípio estruturante da ética da vida em sociedade: instrumentalizam um grupo de seres humanos para servirem de 'divertimento', de 'distracção' a quem os vê, colocando-os à mercê de mecanismos psicológicos que os ultrapassam e ferindo assim a dignidade da pessoa humana, ignorando-a e desprezando-a»;

Não prescindindo de apelar ao fim desses programas;

Considerando, no entanto, que as estações de televisão, independentemente do fim imediato desses programas, podem e devem "parar para pensar" e dar à sociedade portuguesa alguns sinais de que estão dispostas, pelo menos, a não piorar a situação da televisão portuguesa;

Considerando que as actuais conversações, tendentes a uma "auto-regulação" na emissão dos reality shows, podem ser o momento adequado para as televisões darem passos concretos no sentido de um recuo efectivo da degradação da televisão;

Considerando o propósito de assinatura de um acordo no próximo dia 3 de Julho de 2001;

Propõem às estações de televisão que adoptem as seguintes regras, como standard mínimo, nesta fase, para uma boa convivência das estações de televisão com a sociedade portuguesa e, bem assim, como sinal da boa fé e do empenhamento manifestado pelos seus responsáveis no sentido da melhoria da qualidade televisiva:

- emissão de reality shows apenas depois das 22 horas;

- emissão de spots publicitários relativos aos mesmos programas apenas depois das 22 horas;

- publicitação permanente dos contratos celebrados com os participantes nos referidos programas, com vista a que o público possa avaliar em que condições foi prestado o consentimento daquelas pessoas, designadamente com vista a uma avaliação de eventuais excessos na renúncia a direitos fundamentais e à dignidade da pessoa humana;

- submissão da transmissão de novos formatos de reality shows a um parecer de três personalidades independentes, de reconhecido mérito, nomeadas pelas próprias televisões, para se pronunciarem sobre a legitimidade dessa emissão, à luz da lei da televisão;

- compromisso de não emissão de qualquer programa desse tipo sem o parecer prévio favorável da entidade mencionada no ponto anterior;

- consequentemente, suspensão imediata do propósito de transmissão de programas já anunciados, como "Ilha das Tentações" ou "Confiança Cega", que implicam uma ameaça ou ofensa ao casamento, ou, em geral, às relações interpessoais tuteladas ao abrigo da defesa da dignidade da pessoa humana, para além de significarem um convite implícito à prostituição;

- suspensão imediata, por parte da TVI, da prática de promoção dos reality shows nos seus espaços noticiosos;

- suspensão imediata, por parte da SIC, do programa "Mulher Não Entra", cujo único objectivo é a humilhação de grupos sociais, o que é incompatível com a convivência cívica própria de um Estado democrático e o pluralismo político, social e cultural.


(Texto enviado às estações de televisão em 30 de Junho de 2001)



Objectivos da Quarentena
DE QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS EM "QUARENTENA"


Tem havido alguma confusão, incluindo na imprensa, sobre aquilo que nos faz agir.

Antes de mais, partimos do seguinte pressuposto: a SIC e a TVI ultrapassaram os limites do que, na nossa opinião (repetimos: na nossa opinião), pode ser mostrado num canal de televisão. Nada nos move contra estas estações, mas temos o direito de tentar pressionar, com os meios ao nosso alcance, os responsáveis pelas opções editoriais e de programação, que reputamos de lamentáveis, dessas estações.
Quem não partir desta ideia e tiver uma opinião diferente, siga o seu caminho. Não impomos nada a ninguém, nem pedimos a qualquer autoridade que proíba o que quer que seja.

Têm-se criado alguns "mitos" à volta de uma iniciativa da chamada "sociedade civil", completamente apartidária, não confessional e sem qualquer filiação. Vejamos:

1º - Mito - "Censura" - Este seria um movimento que implica a censura: ora, este é o movimento menos censório que pode existir! Apela-se apenas à consciência de cada um (seja dos cidadãos comuns, seja das figuras públicas), para que decida o que entender. Há que pôr os pontos nos ii: a censura vem de fora, é imposta "de cima", pelos poderes públicos. Nós apenas queremos que, quem concordar connosco, se junte a nós.

2º - Mito - "Se eu já não vejo, para quê intervir num boicote deste tipo?" - salvo o devido respeito, é o mesmo que dizer: eu não me drogo, porquê preocupar-me com a droga? É uma atitude que obviamente respeitamos, mas aqui pretendemos ir mais além. Julgamos que chegou o momento de intervir num problema que é de toda a sociedade portuguesa. Não estamos aliás sozinhos conforme se pode ler nas FRASES.

3º - Mito - "Elitismo" - este seria um movimento de "pseudo-intelectuais" que queriam proibir o "povo" de ver o que gosta. Mas quem é que está a proibir o quê? E quem é que decide pelo povo? Cremos que é o próprio povo. Pelo menos, é isso que se passa em democracia. Por isso, o que apelamos ao "povo" é que, se não gostar do que se está a passar, vença a apatia e o conformismo. Faça qualquer coisa!

4º - Mito - "Conspiracionismo" - já ouvimos de tudo: seríamos pagos pela RTP, quereríamos calar a voz de Marcelo Rebelo de Sousa, etc. Ora, esta iniciativa partiu de um grupo de cidadãos preocupados, e, neste momento, já é de muitas pessoas e organizações. Não está ninguém "por trás" dela, nem a financiar nem a apoiar, para além das pessoas e organizações que por ela têm dado a cara. Esta página é, aliás, construída usando apenas as ferramentas gratuitas existentes na Internet e os conhecimentos informáticos de alguns amigos generosos. Reafirmamos que os únicos propósitos desta Quarentena são os expressos nesta página: os de contribuir para uma "Televisão mais sã". E julgamos também que está suficientemente claro que nada nos move contra os profissionais da SIC e da TVI, entre os quais se contam, certamente, muitos que partilham as preocupações que conduziram a esta iniciativa.

5º - Mito - "Selectividade" - uns acham que devíamos ir mais longe, abrangendo também a RTP, outros que devíamos ficar mais aquém, boicotando apenas a SIC e deixando de fora, por exemplo, a "SIC-Notícias" ou a "SIC-Radical". Claro que há muitos outros boicotes possíveis, com os mesmos propósitos. Mas este foi assim concebido, com uma natureza propositadamente "maximalista", porque entendemos que o momento já não está para boicotes meramente simbólicos. Quanto ao âmbito do boicote: pareceu-nos que, incluindo-se a "SIC-Notícias" e a "SIC-Radical" no "universo SIC", não fazia sentido boicotar a SIC sem incluir as suas "filhas". Por outro lado, não incluímos a RTP por nos parecer que a RTP - apesar da qualidade duvidosa de muito do que lá passa - não tem entrado no "frenesim" actual.

6º - Mito - "Moralismo" - nisto de moral e ética entramos num terreno muito escorregadio: cada um tem a sua! Só podemos dizer isto: perante os nossos padrões morais, parece-nos que as coisas estão a levar um caminho errado. E perigoso. Quem tiver outra opinião, não adira.

Mensagem final: para que amanhã os nossos filhos nos não acusem de lhes termos deixado uma sociedade "doente"; para que amanhã os nossos netos nos não critiquem por termos ficado no sofá, passivos e amorfos, a ver passar o "telelixo".



O que fizemos?

Desligámos a SIC, a TVI, a SIC Notícias, a SIC Radical e a SIC Gold durante o mês de Junho.

Uma movimentação cívica do tipo das que foram reclamadas por diversas personalidades públicas foi posta verdadeiramente em marcha.

Mas é preciso salientar que o que aqui se pedia era um desafio difícil que comprometia activamente as pessoas: aos telespectadores, para além do boicote aos patrocinadores, pedia-se o sacríficio de terem de deixar de ver alguns bons programas que também há na SIC, TVI ou SIC Notícias; às figuras públicas, o sacríficio de deixar de enviar a sua mensagem política ou outra através desses canais.




Adira a esta iniciativa:
a) dê a conhecer este site a todos os seus conhecidos. Clique para recomendar o site por email;

b) Nesta segunda fase da quarentena, envie o texto da quarentena e do seu protesto directamente para a SIC e para a TVI utilizando o formulário automático.

Pode também optar por enviar emails directamente para a SIC ( contacto@siconline.pt ) e para a TVI (indo neste caso a http://www.tvi.iol.pt/onovotvi.php e deixando lá a sua mensagem)
O assunto/subject deve ser:
"ALERTA GERAL: 'QUARENTENA' PARA UMA TELEVISÃO MAIS SÃ"
Siga o link para ver o texto sugerido para incluir no seu email.


c) imprima e divulgue as mensagens de protesto (pensando nas pessoas que não usam a Internet - cole as mensagens no seu carro, distribua fotocópias e afixe-as, etc.). Siga o link para ver as mensagens a divulgar.

d) Exemplos de cartas de protesto
para anunciantes e televisões: siga o link.

e) Formas de acção directa, enviando cartas / emails / faxes para três anunciantes de peso do Bar da TV: McDonald's, Coca-Cola e Whisky Cutty Sark. Esta iniciativa é promovida por Peter Villax, bastar ir ao site "Contra O Bar da TV", pegar nas cartas já feitas e mandá-las!
O promotor explica a importância de enviar as cartas para a casa-mãe: "No caso das marcas estrangeiras e multinacionais, é importante contactá-las: as casas mãe são MUITO SENSÍVEIS a este tipo de acção, e se forem contactadas, actuarão logo sobre as subsidiárias portuguesas."



Textos de interesse
  • Texto de Joaquim Costa (promotor da Quarentena), no "O Diabo" de 26/6/2001
  • Depoimento de apoio à Quarentena por parte da Deputada Helena Roseta
  • Depoimento da Presidente da Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres, Dra. Ana Maria Braga da Cruz
  • Intervenção do Deputado Barros Moura (Partido Socialista), na Assembleia da República, em 17/05/2001
  • Artigo "Protestos Retóricos", por João Baptista Magalhães
  • Texto de uma Juíza Desembargadora do Tribunal da Relação de Lisboa
  • Artigo de Vital Moreira - "Verdades e mitos sobre a regulação do audiovisual"
  • Artigo de Mendo Castro Henriques - "The Bigger Brother"
  • Comentário sobre o "argumento das audiências" (João Rocha, jornalista, Público)
  • "Mais agressão ou o desarmamento televisivo" (Comunicado da Comissão Nacional Justiça e Paz)
Envie-nos um email para nos informar de outros textos de interesse.



Adesões e apoios já confirmados
  • os milhares de pessoas que visitam este site e que dão o seu apoio!

  • Ana Maria Braga da Cruz
    (Presidente da Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres)

  • Ana Vicente
    (investigadora e ex-Presidente da Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres)

  • Bagão Félix
    (Presidente da Comissão Nacional de Justiça e Paz)

  • Boaventura Sousa Santos
    (Sociólogo)

  • Borges de Almeida
    (Vice-Presidente da Confederação Nacional das Associações de Família)

  • Francisco Bruto da Costa
    (Juiz Desembargador da Relação de Lisboa)

  • Francisco Sarsfield Cabral
    (Jornalista)

  • Helena Roseta
    (Arquitecta, Deputada do Partido Socialista)

  • João César das Neves
    (Economista)

  • Jorge Santos
    (Director de Publicação Periódica)

  • José Pedro Castanheira
    (Jornalista)

  • Luís Reis Torgal
    (Historiador)

  • Luís Salgado de Matos
    (Sociólogo)

  • Luísa Costa Gomes
    (Escritora)

  • Maria Barroso Soares
    (Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa)

  • Mendo Castro Henriques
    (Filósofo)

  • Miguel Lobo Antunes
    (Jurista)

  • Paulo Teixeira Pinto
    (Jurista, ex-Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros)

  • Sidónio Paes
    (Presidente do Fórum Abel Varzim)

  • Teresa Costa Macedo
    (Presidente da Confederação Nacional das Associações de Família)

  • Vasco Pinto de Magalhães
    (Sacerdote Jesuíta)


  • Associação Educativa para o Desenvolvimento da Criatividade

  • Associação Portuguesa das Famílias Numerosas

  • Centro Nacional de Cultura

  • Fórum Abel Varzim

  • Fundação "Família e Sociedade"

  • Igreja Evangélica de Acção Bíblica (Sesimbra)

  • Paróquia de Várzea de Lafões (S. Pedro do Sul)


Outros sites e iniciativas

Envie-nos um email para nos informar de outras iniciativas ou sites na web.



Anunciantes e apoiantes do telelixo
12-Junho-2001
O site da Quarentena da TV recebeu um email relativo ao apoio do Bar da TV com produtos Domplex. O nosso obrigado à Plastidom pela mensagem enviada.
Foi retirada a menção e o link da lista em baixo e reproduz-se aqui o devido esclarecimento:

É um facto que surgiu um agradecimento no final do programa "O Bar da TV" porque, numa linha de colaboração que não é recente, limitámo-nos, mais uma vez, a corresponder às solicitações de uma estação de televisão para a cedência graciosa de produtos DOMPLEX, ignorando, à partida, qual a natureza do programa em que os mesmos seriam utilizados.

Efectivamente, a PLASTIDOM não patrocinou o programa, pelo que o mal-entendido assim criado resulta da nossa permanente disponibilidade em satisfazer pedidos que nos são dirigidos pelas mais diversas Entidades, para quem os produtos DOMPLEX dão eficaz resposta a muitas necessidades que se colocam nas respectivas actividades.

No entanto, pela polémica levantada, já mandámos suspender a referência à nossa marca na lista de agradecimentos que surge no genérico final do programa.

Concordamos plenamente que pelo poder que a televisão exerce na configuração de modelos e atitudes - sobretudo numa sociedade em que a família está ausente ou fragmentada, e perante uma escola que não dá resposta à necessidade de sensibilização para a cidadania - é fundamental uma vigilância colectiva para pôr termo ao descalabro, rumo ao qual a nossa civilização caminha.

Quem conhece a PLASTIDOM pode testemunhar sobre a firmeza da nossa postura ética, a qual não deverá ser posta em causa, em nome da mais elementar justiça.

Neste momento, a PLASTIDOM apenas patrocina na RTP o programa HORIZONTES DA MEMÓRIA, da autoria do distinto Prof. José Hermano Saraiva.

Porque, tal como acontece com os produtos DOMPLEX, a PLASTIDOM defende e pugna, também, pela QUALIDADE E UTILIDADE das nossas televisões.

Saudações da,
Plastidom - Plásticos Industriais e Domésticos, S.A.




Estes são os anunciantes e apoiantes de alguns programas de telelixo que passam na SIC e TVI. Aqui fica a lista dos principais, que nos chegou por email. Note-se que existe até uma entidade pública, sustentada com dinheiros públicos!

Aproveite para copiar e enviar esta lista aos seus conhecidos: a ideia é boicotar estes patrocinadores e, se possível, contactá-los e demonstrar-lhes o seu desagrado.

Big Brother II Bar da TV
Atum Bom Petisco
Multiópticas
Rádio Popular
IOL - sugestoes@iol.pt
Telelista
Denim
Molaflex
Salsichas Sicasal
Cerveja Sagres - centralcervejas@mail.telepac.pt
Whisky J&B
Clube Naval de Lisboa
A.P.L. - Administração do Porto de Lisboa - admin.junqueira@porto-de-lisboa.pt ou admin.alcantara@porto-de-lisboa.pt
Divisão de segurança da A.P.L.
Clix - canal-obardatv@clix.pt ou info@clix.pt
Bodum - bodum@bodum.pt
Lizgarden - encomendas@lizgarden.pt
Samsonite - info.sas@samsonite-europe.com
Daikin - purchase@daikin.be ou webmaster@daikin.be
Capinha Lopes & Associados - Sociedade de Arquitectura

De fonte segura: http://homepage.oninet.pt/919mjf/
Anúncios no Bar da TV baixam para metade.
Empresas retiram publicidade do Bar da TV.

Na quinta-feira 31 de Maio, uma multinacional da cosmética confirmou a retirada dos seus anúncios no Bar da TV; no dia seguinte foi a vez de uma editora. Estas empresas manifestaram-me a sua vontade, por razões de imagem, de não estarem envolvidas em polémica. Não são por isso aqui identificadas - como empresas.

Entre 20 de Maio (a campanha iniciou-se no dia seguinte) e 31 de Maio, o número de anúncios no bloco publicitário intercalado no Bar da TV baixou de 32 para 15. Metade.

Lista dos anunciantes no intervalo do Bar da TV de 31 de Maio, 23h45-23h52.
Vobis
Rexona
Marconi Coca-Cola
Calgonit
Ariel (2 vezes)
Telecel Vodafone
www.exit.pt
Brise Electrico (Johnson)
Filgráfica
Oceanário de Lisboa [!!!]
Modelo e Continente
Colgate Total
Moviflor
Bacardi




A proposta inicial da Quarentena
Consistia no envio do seguinte texto para órgãos de comunicação social e para emails de deputados e partidos políticos.

ALERTA GERAL: "QUARENTENA" PARA UMA TELEVISÃO MAIS SÃ

Constatando que existe um problema grave na televisão portuguesa, e assumindo que numa sociedade livre e adulta, todos podem e devem contribuir para uma vida social mais sã, sem necessidade do paternalismo estadual;

Percebendo que essa contribuição é importante mesmo que se traduza numa simples renúncia voluntária à cedência ao lado "voyeur" que existe em todos nós;

Reconhecendo que a responsabilidade por essa contribuição faz-se sentir de uma forma mais premente sobre as figuras públicas, em especial as que exercem funções políticas, as quais, sob pena de hipocrisia, podem e devem tirar consequências mais coerentes da condenação que também fazem do "lixo televisivo";

Na esperança de que a eliminação de alguns "pólos" de audiência possa "comover" as Televisões e fazê-las aceitar que, mesmo numa economia de mercado, há limites que não se podem ultrapassar, sob pena de todos nós perdermos o respeito por nós próprios;

Pretendendo dar aos responsáveis das Televisões o "empurrão" que falta para que elas se autolimitem, como é sua intenção, segundo declarações recentes desses responsáveis;

Recusando entrar na "guerra" entre Televisões, mas reconhecendo que, hoje, é evidente que são essencialmente as estações de Televisão privadas quem merece o lançamento deste Alerta Geral e desta Quarentena;

Os abaixo assinados comprometem-se com os seguintes propósitos e lançam o seguinte

ALERTA GERAL:
"QUARENTENA" PARA UMA TELEVISÃO MAIS SÃ


1. A partir do próximo dia 1 de Junho de 2001, e durante todo esse mês de Junho, irão dessintonizar dos seus aparelhos de televisão os canais de televisão SIC e TVI, bem como todos os que lhes são associados (SIC Gold, SIC Radical e SIC Notícias).

2. Recusar-se-ão, durante o mesmo período, a consumir produtos de empresas ou marcas patrocinadoras de programas de televisão como "Big Brother", "Mulheres de A a Zé", "Survivor", "Ilha das Tentações", "Acorrentados", "Bar da TV", "Menina Não Entra" e outros de cariz semelhante.

3. Apelam às figuras públicas que são colaboradores habituais de programas dos canais acima referidos (nomeadamente às que são adiante mencionadas), e a todos os membros do Governo, Deputados e membros de direcções partidárias, sindicais e patronais, a que, voluntariamente e fazendo a máxima divulgação pública do seu gesto e das razões que o determinam, se abstenham, a partir do próximo dia 1 de Junho de 2001, e durante todo esse mês de Junho, de participar, por qualquer forma, em qualquer emissão ou programa (mesmo de natureza noticiosa, política, desportiva ou cultural) dos canais de televisão SIC e TVI, bem como de todos os que lhes são associados (SIC Gold, SIC Radical e SIC Notícias).

Figuras públicas a quem se dirige este apelo:
(... aqui incluia-se uma lista com o nome de várias figuras públicas ...)